FIM DO BURACO DA A41 - O 'streep tease' QUE FALTA...
Hoje foi dia de reunião pública de Câmara em Valongo.
Numa tendência inusitada que já vem de trás mas tem vindo a acentuar-se, o Presidente passou a maior parte do tempo a 'auto-mutilar-se' - em 'directo e a cores'.
Take 1
Fez-se esquecido e não respondeu a uma interpelação do Vereador da CDU, Adriano Ribeiro, relacionada com a sua tirada infeliz na penúltima reunião pública, quando disse que "o cidadão/deputado municipal Celestino Neves deveria guardar as suas questões para a Assembleia em vez de vir para as reuniões de Câmara usar o tempo para fazer ataques ao Presidente".
Apesar do 'puxão de orelhas' do Vereador da CDU ser bem explícito, JMR 'chutou para canto', isto é, manteve a 'pistola virada para o pé'.
Mais tarde eu próprio voltei ao assunto, para lhe dizer que goste ele ou não, eu continuarei um cidadão a tempo inteiro e nas reuniões de Câmara serei um elemento do Público e não abdicarei de nenhum dos direitos que o Regimento me concede, mas o resultado foi idêntico. Ele acha que não respondendo se preserva, não conseguindo ver que o efeito é precisamente o inverso.
Take 2
Sobre a 'trágico-novela' do buraco da A41, mais um 'tiro' no pé:
"Já fiz tudo o que podia fazer, dei entrevistas a vários jornais e canais de televisão, já propus à Ascendi a colocação de uma ponte militar mas ainda não tive resposta. Também exigi (!) a suspensão das portagens e continuo à espera... não sei que mais querem que eu faça! Só se fizer um streep tease" (sic)
Mais à frente e ainda sobre o mesmo assunto:
"(...) só se querem que organize uma manifestação".
Olha que boa ideia! Digo eu.
Quando foi o problema do fecho das urgências no Hospital de Valongo ele não esteve com o 'seu Povo' a gritar palavras de ordem? Esteve sim que eu vi, porque também lá estive.
Take 3
A uma questão que coloquei relacionada com o aparente abandono de um projecto emblemático da sua campanha eleitoral e que dependia de um contrato de direito de superfície com os herdeiros da Quinta do Bandeirinha em Alfena...
"Nós continuamos a ver com muito interesse a possibilidade de intervirmos naquele espaço no centro de Alfena e que envolve uma das casas mais antigas da Cidade, para além da casa da Quinta. Porém qualquer projecto só poderá avançar numa perspectiva de propriedade plena da Câmara e isso não tem sido possível nos contactos que temos mantido com os herdeiros (...)"
Se mal pergunto...
Qual foi o tipo de negócio com a Associação que é proprietária do antigo Quartel dos Bombeiros no Largo do Centenário em Valongo acordado há cerca de um ano, para ali instalar a Oficina da Regueifa e do Biscoito?
Não foi exactamente do mesmo tipo do que era sugerido pelos co-proprietários da Quinta do Bandeirinha?
Take 4
Falei ainda sobre o Projecto ontem apresentado em Alfena para a instalação na antiga Escola Primária de Cabêda da Oficina da Promoção do Brinquedo Tradicional Português...
Para além de não responder à questão que coloquei sobre a ideia de levar um projecto deste tipo e desta importância para a 'rua da Betesga', quando temos um Centro Cívico à espera de projectos, manteve a afirmação ontem produzida de que os 2,5 milhões de euros que se prevê que custe o empreendimento terão de vir de fundos comunitários. Sem financiamento não haverá Oficina do Brinquedo!
Resumindo...
Para além de se 'auto-mutilar', constituindo uma ameaça para si próprio, José Manuel Ribeiro agora também maltrata algumas das cinco freguesias-irmãs de Valongo:
Para umas é um ´pai' extremoso, para outras incluindo Alfena, comporta-se como um 'padrasto' da pior espécie.
Às 'filhas' preferidas permite-lhes que continuem a brincar com os vários elefantes brancos - que herdou e preservou, uns e em vias de serem adquiridos, outros, enquanto às 'enteadas' exige que sejam auto-suficientes e se façam à vida sem direito a 'mesada'.
Valongo do nosso descontentamento, até quando?