O 'GARIMPO' DE ALFENA E O ÓNUS DA PROVA...
Ainda a propósito da UOPG 06 de Alfena, também conhecida por garimpo da Novimovest, um caso bem conhecido e bem posicionado no ranking da corrupção nacional...
Os batedores de palmas de José Manuel Ribeiro costumam abespinhar-se comigo sempre que saio a público com alguma crítica mais contundente ao imperfeito 'prefeito' de Valongo.
A palavra 'corrupção' provoca-lhes urticária e andam tão susceptíveis, que quase sempre entendem a crítica como sendo uma acusação de corrupção ao seu incondicional ídolo.
A bem da verdade e salvo aquela ligação habitual ao "diz-me com quem andas..." eu não tenho nenhuma prova concreta de que José Manuel Ribeiro seja corrupto. Mas ao contrário do que se passa na Justiça dos Tribunais, na Justiça do Povo o 'ónus da prova' continua a caber aos suspeitos e o presidente da Câmara de Valongo colocou demasiado vigor na defesa da corrupção da Novimovest/Santander em Alfena para se livrar da relevante suspeita!
Tanto assim é, que não hesitou em impedir-me o acesso ao dossier do garimpo, obrigando-me a recorrer à CADA para fazer valer os meus direitos de acesso aos referidos documentos. Perdeu, mas mesmo assim ainda não deu sinal de que é um presidente respeitador da Lei.
Portanto, José Manuel Ribeiro não sendo suspeito de coisa nenhuma neste monstruoso processo que envolve cerca de 16 milhões de Euros de mais-valias, perante o Povo mais atento e até prova em contrário, já há muito que deixou de poder contar com o benefício da dúvida!
E só tem duas formas de se livrar desse labéu: convencer a Novimovest a abdicar da totalidade ou pelo menos de uma parte significativa das referidas mais-valias ou em última instância, usar a ameaça de uma expropriação do garimpo invocando 'interesse público relevante' para conseguir idêntico resultado.
Deve fazê-lo com a máxima urgência e ainda antes de levar a proposta final do PDM à Assembleia Municipal, porque se o não fizer não há como fugir à fundamentada acusação popular de que é mais um corrupto a tentar desgraçar Valongo.
E não venha com a cantiga do investimento do grupo Jerónimo Martins e dos postos de trabalho que daí resultarão porque não é isso que está em causa: a Plataforma Logística pode sempre avançar, independentemente de quem seja o detentor dos 52 hectares daquela área de desflorestação ilegal, só que no caso de ser o Município, o ganho reverte a favor do Povo que foi quem perdeu aquela parte de REN/RAN...