O REI CONTINUA NU - EM VALONGO TAMBÉM...
Um destes dias talvez me sente no 'divã do meu psicanalista’ para uma conversa sobre o 'poeta que eu sou' e inevitavelmente, sobre o 'louco que eu sou’ também, porque “de poeta e de louco todos temos um pouco" - mais talvez sobre o segundo...
Na pele do primeiro tenho algum acervo que tenciono continuar a alargar - um dia destes com algum incremento até.
Já no que ao segundo diz respeito, aconselham-me alguns, por enquanto, ainda não o psicanalista, a moderar a pedalada - que as 'loucuras' nem sempre matam mas moem quase sempre...
Não sei o que será o dia de amanhã, mas pese embora a generosidade daqueles que me aconselham sem nenhuma reserva mental a 'tirar o pé do pedal', apetece-me passar ao lado do seu conselho.
Embora...
Alguém com um mínimo de auto estima, com pensamento estruturado e uma história de vida (pessoal e profissional) relativamente bem preenchida, alguém com padrões mínimamente exigentes no que toca ao exercício de uma cidadania responsável, deveria ser ‘legalmente inibido’ de se juntar a projectos (?) como aquele que o actual presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, protagonizou em 2013 – e que pelos vistos tenciona repetir em 2017.
Ninguém me ‘inibiu’ ou sequer me aconselhou a tomar a iniciativa de o fazer em 2013, ninguém precisa sequer de pensar fazê-lo em 2017.
Mas isso só torna (ainda) mais imperioso que continue a alertar os mais distraídos para o perigo de poderem ser de novo 'atropelados pelo rei nú do subúrbio!
Parafraseando o velho ditado segundo o qual “na primeira quem quer cai, na segunda cai quem quer e na terceira cai quem é burro”, eu passo directamente para a terceira fase: claramente, não me apetece fazer o papel do distinto animal – que aliás considero não merecer o tal ditado.
E isso significa exactamente que não alinharei em mais nenhum embuste mas significa igualmente que me recuso a pactuar com quaisquer silêncios cúmplices.
Um poder decadente
Que se alimente
Unicamente
Da ameaça permanente
Que mantém pendente
(pendurada evidentemente)
Sobre cada irreverente
Ser livre e independente
Independentemente
De haver razão subjacente
Ao seu pensar diferente
É um poder putrefaciente
A extirpar ruidosamente
(porque quem cala consente)