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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

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'PERDOA-ME' - HOJE (ONTEM) EM ALFENA...

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Os moradores das Ruas da Serra Amarela, Outeiro e Alexandre Herculano em Alfena - viveram hoje no Centro Cultural um momento inesquecível de 'humildade, confissão de culpa, auto-crítica e perdoa-me' protagonizado pelo presidente da Câmara.

 

A coisa conta-se em breves palavras:

 

Parece que um arquitecto e um engenheiro da Câmara ligados à Divisão de Urbanismo e hoje também presentes, resolveram sem ele saber, arrancar com um estudo de reordenamento viário para as ruas atrás referidas.

 

(Esta parte é uma ficção e só acredita em ficções quem quer)

 

Em ambiente protegido e com o ar condicionado devidamente calibrado, há estudos que resultam em coisas bonitas e apresentações multimédia interessantes e agradáveis à vista.

O problema é quando se começam a mostrar os mapas e os desenhos às pessoas concretas e elas se recusam a "comprar" o trabalho bonito ou os 'projectos para os próximos 50 anos' - porque conhecem os locais concretos e não os querem mudar - leia-se descaracterizar.

 

Daí que em Outubro de 2015, tendo os moradores e a Junta de Freguesia tomado conhecimento do 'anómalo estudo' tenham de imediato pedido explicações ao presidente da Câmara.

Nunca as deu.

Na Assembleia Municipal de 29 de Fevereiro o presidente da Junta apresentou - e a Assembleia aprovou por unanimidade - uma moção exigindo à Câmara uma reunião com os moradores para dar essas explicações.

Mesmo assim, só passados quase dois meses é que 'suas excelências' os nossos representantes eleitos para 'Mudar Valongo' se dignaram dar-se à suprema maçada de virem a Alfena ouvir as queixas e as reclamações.

A Democracia cujos 42 anos sobre a sua implantação se comemoram já na segunda-feira e a próxima sessão da Assembleia Municipal do próximo dia 27 ameaçavam algum sururu em torno deste assunto. 

 

Foi hoje portanto a oportunidade possível, apertada pelo calendário implacável, para - "que maçada!" -  pedir perdão.

 

Os técnicos bem tentaram teorizar sobre a vida futura numa Alfena que se pretende igualzinha aos desenhos bonitos da apresentação.

As pessoas não quiseram ouvir o resto - nem sei se ficou muito mais por mostrar, mas o que vimos sobrou em disparate -  e quiseram isso sim, dizer o que lhes ia na alma.

Entornou-se o caldinho trazido de Valongo com tanto amor e carinho - "era para bem das pessoas".

 

Restou ao presidente da Câmara, de uma forma falsamente humilde reconhecer o disparate e garantir que o assunto "morria ali".

 

Não sem antes fazer uma defesa dos técnicos - defesa? com defesas assim quem é que precisa de ataques?

"Ele fizeram o seu melhor, portanto, se tiverem que atacar alguém ataquem-me a mim. Embora eu nem soubesse nada sobre este trabalho, tenho de ser eu a assumir as culpas" - mais ou menos 'sic'...

 

Mentiu!

 

Sim, repito: mentiu, porque tanto ele como o seu vice-presidente sabiam do assunto desde Outubro de 2015 e andaram 'a gozar' com o presidente da Junta e com as pessoas até agora.

Exageraram na dose, foram encostados à parede e obrigados a retirar em toda a linha.

 

Foi deprimente este momento de "perdoa-me" - porque ele pensou que foi perdoado, mas não foi!

 

É que existe uma razoável diferença entre 'perdoar' e 'poupar'. 

Os moradores do Outeiro, Serra Amarela e Alexandre Herculano em Alfena hoje (ontem) pouparam o presidente da Câmara. Perdoar seria exigir demasiado deles.

 

publicado às 00:31

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