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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

PORTUGAL PARA ALÉM DOS VOTOS. 'PIRRO' ONTEM GANHOU...

Fico 'danado', pois claro que fico...

 

Embora integrando - juntamente com os restantes membros do meu agregado - o terço do País que ontem votou, a verdade é que os dois terços que não saíram de casa tiveram razões mais que justificadas para a sua atitude aparentemente criticável. Eles representam já um grupo bem alargado e o motivo que está na génese da sua abstenção é suficientemente alarmante para - pelo menos - ajudar a moderar a boçalidade de alguns balanços festivos.

 

De forma (quase) transversal, todos falaram do 'País' que votou e das percentagens desta e daquela força ou grupo político, do prémio dado a este, do castigo infligido àquele ou do aviso dado àqueloutro, esquecendo-se que estavam a falar (apenas) daquela fatiazinha solitária comparativamente com as duas restantes do queijo que ficou em casa. E desta vez, nem foram as praias ou o passeio de Domingo, porque a temperatura e algum vento não eram propícios a isso...

 

Eu e os meus fomos votar, mas confesso que já foi mais por descargo de consciência e para não perdermos o jeito na feitura da cruzinha que o fizemos, porque já não há  pachorra, nem para os que tentam dourar a pílula amarga da derrota nem para os outros que se põem em bicos de pé para apregoar 'vitórias históricas' que não passam de flatulentos balões cor de rosa que não resistirão à primeira alfinetada do 'rei mouro' que seguramente não perderá a oportunidade de explorar esta 'vitória de Pirro'...

 

O País ontem não ganhou nada! Quem ganhou - e não é tão pouco como isso - foram aqueles que a partir de agora passarão a assentar os mais ou menos anafados cus nos caros assentos daquele clube/'saco de gatos' que é esta "União" de alguns ricos e muitos pobres em que a Europa se transformou!

Ao menos no que a mordomias diz respeito - vencimento, pagamento de viagens, direito a gabinete e respectivo 'recheio' material e humano - serão todos iguais. Mas quedar-se-á por aí a igualdade, pois o tom da voz que usarão e o respeito com que se farão ouvir entre os seus "pares", esse terá tudo a ver com as incontornáveis e diferentes realidades que os pariram - uma Europa decadente e desigual, que roubou soberania aos países do Sul e os remeteu de novo à sua condição de escravos.

 

Tal como os velhos "descobridores" nossos avós que ofereciam berloques, penduricalhos e tecidos de cor garrida aos indígenas para se insinuarem e caírem nas suas boas graças, também a clique que domina a Europa que nos prostitui se foi insinuando, oferecendo uns Mercedes aqui, custeando umas obras de fachada acolá ou acenando com umas malas cheias de moedas de ouro reluzente previamente endereçadas aos tubarões da construção civil 'do costume' a troco de umas quantas pistas de alcatrão ligando o atraso de vida a coisa nenhuma e pelas quais continuaremos a pagar gordas rendas por muitos e longos anos, ou de 'mais uma ponte' onde pontes já existem, ou ainda, de 'altas velocidades' para chegarmos sempre atrasados a todos os sítios onde vamos...

 

Portanto, Portugal ontem não ganhou porra nenhuma!

 

Pelo contrário e em resultado das abordagens despudoradas e mais ou menos transversais dos resultados apurados nas urnas, Portugal ontem perdeu um pouco mais da sua já muito abalada dignidade e mais uma vez, com o "relevante" contributo dos seus políticos que lamentavelmente e em cada acto eleitoral que vamos tendo, ajudam a consolidar a tendência crescente para  a descrença na força do voto como forma de resolver o que quer que seja nas nossas vidas.

publicado às 14:16

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