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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

CELEBRAR ABRIL, DEFENDER ABRIL LUTANDO - EM TODAS AS FRENTES...

 

25 de Abril não é (apenas) uma data!

 

Os filhos dos que tombaram com amarras nos pés, os estropiados pela guerra, os que viram os seus entes mais queridos serem levados pelos esbirros pela calada da noite, só por ousarem proferir a palavra LIBERDADE, todos eles, não comemoram datas, celebram a libertação e essa não cabe no quadradinho minúsculo à volta deste dia 25 que hoje se repete pela 40ª. vez.

 

Abril não cabe nos discursos - em nenhum discurso!

 

Abril não cabe em nenhuma 'Parada Formal'!

 

Abril não se faz de exposições ou workshops temáticos em espaços fechados!

 

Abril não precisa do hastear solene de bandeiras nem do sacrifício dos Escuteiros perfilados, a rezarem para que o político de serviço ao mastro seja mais cuidadoso do que o foi Cavaco Silva e não se engane na posição do Escudo!

 

Abril á na rua, nas vozes zangadas das pessoas a quem roubaram Abril!

 

Abril é o poema incómodo da canção 'dissonante'!

 

Abril - esta 40ª. vez de Abril - está bem representado na voz do Grande José Carlos Ary dos Santos!


 

 

 

publicado às 00:00

A DURA REALIDADE...

Antes de mais, um conveniente ‘disclaimer’:

 

O texto que se segue não é um apelo à violência, não visa a subversão das regras do Estado de direito, nem de alguma forma pretende colocar em causa os Órgãos de Poder da nobre Nação fundada por D. Afonso Henriques no longínquo ano de 1139 após a memorável Batalha de Ourique e preservada até aos dias de hoje de forma admirável e com especial desvelo apenas com ligeiros retoques nas cores e no grafismo dos sagrados símbolos nacionais.

A minha incomensurável admiração pelos excelentes governantes de serviço, não será portanto compatível com qualquer interpretação literal do que vou escrever, sendo que a única (por mim) autorizada é de que se trata de um texto ficcional e humorístico.

Ah! e eu sou o coelhinho da Páscoa.


 

Do dia para a noite e sem que nada o fizesse prever - é quase sempre assim - vi-me 'a braços' com um volumoso jackpot do Euromilhões e ao contrário de outros excêntricos que têm passado rapidamente do estado de pré-demência festiva ao estado de completa indigência devido à imprevidente administração da fortuna caída do céu, eu corri a investir as 'paletes' de Euros na compra de uma viatura PANDUR ‘topo de gama’ no... OLX.

E não poupei na despesa: escolhi o sistema de armamento mais sofisticado do catálogo do traficante, a configuração adequada para a guerrilha urbana e tudo o mais que considerei mais indicado para levar a cabo o que a seguir vou decrever – lembro que continuamos no domínio da ficção.

 

Ao início da noite de 24 de Abril coloquei a PANDUR sobre uma daquelas plataformas rolantes com muitos pares de rodas, destinadas à movimentação de grandes equipamentos por via rodoviária. Aluguei-a ao quilómetro (e neste caso e por razões de sigilo, também sem condutor anexo) - rodar com uma PANDUR até Lisboa pela auto-estrada não seria muito seguro pois arriscava-me a apanhar com alguma 'cagadela' daqueles pássaros supersónicos que costumam 'nidificar' ali para os lados da BA 5 de Monte Real e que dão pelo nome de F-16.

 

Dissimulei evidentemente o volume - quem não vê não peca - com uma daquelas telas gigantes com paisagens deslumbrantes e pachorrentas vaquinhas a pastar inventadas por algumas Câmaras para tapar prédios em ruínas e rumei a Lisboa a tempo de chegar às imediações de S. Bento bem antes do início da manhã.

 

Comigo viajavam os meus quatro irmãos gémeos - juntos fazíamos o número mínimo necessário para movimentar a máquina do ‘juízo final’ - e logo à partida tive de dirimir o primeiro (e único) incidente resultante do facto de o mano 'número dois' ser um sacana de um pacifista que só aceitava entrar na viagem se eu municiasse o sistema polivalente de armamento com cravos de várias cores, com destaque para os vermelhos. Um bom par de chapadas cortou o mal pela raiz e reprogramou de forma rápida e eficaz o inconveniente pacifismo do 'número dois'.

 

Chegamos a Lisboa um pouco cedo e colocamo-nos a uma distância defensiva conveniente até sentirmos amainar o corre corre dos Audi e dos BMW de serviço ao transporte das sucessivas levas de cretinos e respectivos séquitos.

Serenada a lufa-lufa e silenciadas as sirenes dos motards fardados, sinal de que a encenação destinada às comemorações das quatro décadas de alegada democracia da decadente República já teria sido iniciada, lá nos aproximamos um pouco mais. O 'número quatro' foi quem emitiu opinião válida acerca da distância mais conveniente e o 'numero cinco' sinalizou no mapa o caminho de fuga antes da chegada do apoio aéreo que certamente não tardaria. 

Completados os preliminares do acto lá baixamos a enorme rampa, descendo a imponente PAMDUR até ao nível do 'alcatrão mais nobre da mourama' (?) encafuando-nos aos cinco na atmosfera confortável  do seu interior – sim, ao contrário do que aconteceu com as usadas pelo destacamento português na Bósnia e noutras paragens, eu incluí na compra o extra de um ar condicionado 'topo de gama' – e ocupamos cada qual o nosso respectivo posto.

 

Rapidamente colocamo-nos em contacto visual com o alvo, o edifício-sede do centro da corrupção do País. só nos ficou a faltar a ligação áudio.

O 'número três' incumbiu-se disso, programando o microfone direccional assistido para que assim  pudéssemos aferir do melhor momento para ‘fazer o que tinha de ser feito’.

 

Após alguns ajustes começamos a ouvir, em registo 'engana o menino e papa-lhe o pão', a voz do imóvel mais caro do País – não, não eram as paredes de S. Bento a falar com sotaque algarvio.

 

- É a hora! – gritaram em uníssono as cinco vozes – as nossas...

 

E foi assim.

 

Depois de termos despejado o stock de munições e transformado as paredes do nobre edifício em pré-escombros graças ao poder destrutivo do produto de quase um décimo do meu jackpot – este tipo de munições é caro! - deixei de ouvir o som de retorno o que queria dizer que se tinha concluído o 'DELETE' do ficheiro inútil, garantindo assim espaço para o 'UPGRADE' do novo ciclo - finalmente tinha acontecido o verdadeiro 25 de Abril, desta vez sem cravos e graças à chapada oportuna ministrada ao mano 'número dois'.

 

Porém...

 

Eis que começo a escutar em crescendo  La Traviata de Giuseppe Verdi...

 

E foi aqui que lentamente, muito lentamente mesmo, comecei a perceber que era o meu despertador - sempre com música clássica em vez do incómodo besouro - programado para as 9 da manhã por causa da sessão de hidroginástica que me impingiram para ajudar a perder volume abdominal...

 

A dura realidade afinal não se extinguiu - ainda...

 

E a possibilidade de um 25 de Abril verdadeiro continua em aberto - também ainda...

 

 

publicado às 23:21

QUE VIVA - EM BREVE - UM NOVO 25 DE ABRIL!

 

HINO DE CAXIAS (*)

Longos corredores em trevas percorremos
Sob o olhar feroz dos carcereiros
Mas nem a luz dos olhos que perdemos
Nos faz perder a fé nos companheiros

Vá camaradas mais um passo
Já uma estrela se levanta
Cada fio de vontade são dois braços
E cada braço é uma alavanca

Oiço ruírem os muros
Quebrarem-se as grades de ferro da nossa prisão
Treme, carrasco que a morte te espera
Na aurora de fogo da libertação

Cortam o sol por sobre os nossos olhos
Muros e grades fecham horizontes
Mas nós sabemos onde a vida passa
E a nossa esperança é o mais alto dos montes

Podem rasgar meu corpo à chicotada
Podem calar meu grito enrouquecido
Para viver de alma ajoelhada
Vale bem mais morrer de rosto erguido


(*) Este hino foi criado por um grupo de presos políticos encarcerados no forte de Caxias, em 1954

publicado às 00:00

POR UM NOVO 25 DE ABRIL!

 Não foi para 'isto' em que transformaram o nosso querido rectângulo, que os heróicos militares de há 38 anos atrás, abdicaram de uma noite repousada!

Não foi para encherem as prateleiras do poder, de sabujos e comedores de OGE (orçamento geral do Estado) que Salgueiro Maia se conteve - e aos seus - até ao limite, evitando o descambar dos acontecimentos para extremos onde sabendo-se como se entra, nunca se sabe como se sai.

Não foi para comprar submarinos e aviões topo de gama - para os quais agora não temos sequer dinheiro para pagar os 'sobressalentes' e fazer os upgrade tecnológicos imprescindíveis - que as praças se encheram de Povo logo a seguir e igualmente oito dias depois, naquele 1º de Maio memorável!

Não foi para vermos o 'IMC' (índice de massa gorda) dos políticos a disparar para números inimagináveis.

E a 'massa gorda' dos políticos é, como todos sabemos, muito mais letal (para o povo que eles cavalgam) do que aquela de que com algum esforço me procuro libertar, embora esta só me prejudique a mim próprio.

Não foi para vermos a desigualdade feita regra - uns quantos têm tudo aquilo que falta a quase todos - nem para ver os defensores do paradigma da 'democracia representativa' que os heróis de Abril generosamente lhes colocaram nas mãos, a usarem-na no sentido absolutamente inverso do pretendido:

("Eu prometo-te o céu se me deres o teu voto - uma vez, duas vezes, muitas vezes (vezes demais durante estes 38 anos!). E de cada vez que eu te prometer isso,  tu deves fingir que acreditas que eu te estou a dizer a verdade!

Depois, deves fingir igualmente que ainda não te apercebeste de que eu tenho caminhado ao longo destas quase quatro décadas montado na tua cerviz!").

Estas basicamente - com pequenas nuances - têm sido as regras do 'jogo' que todos os  políticos nos têm imposto e nós temos, uns mais passivamente do que outros, mas nunca  ultrapassando as barreiras do que se exige a um 'obediente servidor', permitido que prevaleça SOBRE OS PRINCÍPIOS DE ABRIL.

Estamos fartos deles todos!

No Parlamento, na Presidência da República, nos Tribunais, nas Câmaras Municipais, nas Juntas de Freguesia - e nos restantes Órgãos autárquicos - estamos fartos de colidir diariamente com o seu 'índice de massa gorda' de vermos a nossa imagem de revolta devolvida pelo brilho reluzente dos seus carros topo de gama pagos por todos nós, de queimarmos os nossos neurónios a fazer contas de cabeça para calcular quantos pacotes de arroz, quantos quilos de pão, quantas caixas de fruta, quantas boiões de papa para bebé poderiam ser comprados com o que custa cada um desses popós.

Quantos hectolitros de sopa quente, quantas mantas, quantas torradas, quantos litros de leite quente com cevada poderiam distribuir-se aos milhares de sem abrigo.

Quantos cabazes de ajuda alimentar, quantos pequenos almoços e almoços escolares. Quantos isto, quantos aquilo...

Quantos demais para continuarmos pacificamente a ser cavalgados pelo monstro!

Amanhã, tal como a Associação 25 de Abril já disse não há nada para comemorar.

Talvez houvesse muitas desigualdades para derrubar, mas para isso, é preciso ainda que os humilhados e ofendidos consigam dar as mãos, gerando a indispensável corrente de energia para o fazer e isso infelizmente também tem (ainda) de ser construído e solidificado!

 

publicado às 19:25

DEMOCRACIA DOENTE...

Anda por aí muita gente escandalizada - eu diria mesmo, muito preocupada - com as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho acerca de um hipotético "golpe de Estado". Vamos por partes:


Otelo fala demais e regra geral, fora de tempo e eu também me incluo no número daqueles que pensam que o homem não fecha bem e que, como costuma dizer o Povo a propósito de comportamentos idênticos, devemos "dar-lhe um desconto".

 

Mas há uma parte do que ele diz, que é, digamos assim, "repescada" por Vasco Lourenço - que já agora, aproveito para dizer, que foi meu Comandante de Companhia nas Caldas da Rainha, no curso de sargentos milicianos da 1ª incorporação de 1969 - admite essa intervenção em caso de ameaça à Democracia.

 

Para ele e para muita gente na qual eu próprio me incluo, ainda não é esse o caso, mas não demoraremos muito a chegar ao inevitável "ponto de ignição" se não travarmos primeiro e não invertermos a seguir, a nossa perigosa progressão nesta quase suicida "rota de colisão".

 

Não se percebe pois o nervosismo dos muitos "democratas de ocasião", para quem a democracia é (apenas) uma forma de roubar ou prejudicar os outros sem serem incomodados pela polícia ou pelos tribunais, isto é, uma "democracia" à sua medida que usando e subvertendo as regras da genuína, retomada pelo Povo português em Abril, lhes dá o seu "toque pessoal", transformando-a nestas novas formas de assaltar, de roubar de discriminar, tudo em nome dos mais "elevados interesses" da Nação.

 

Não acho que as coisas se devam resolver à paulada, com disparos de obuses, com assaltos ao Parlamento ou ao Palácio de Belém, mas quando os centros de poder se transformam em "antros de corrupção", em exibições festivas de convivência e promiscuidade quase obscena entre interesses supostamente legítimos e outros que deveriam ser combatidos em vez de acarinhados - como temos assistido por exemplo nos últimos dias, por parte do supremo magistrado da Nação em relação aos Bancos - ele que é de facto um mau exemplo do que deve ser a frugalidade dos políticos em tempos de crise (veja-se a comitiva de que se fez acompanhar na sua última visita aos Açores) - então estou com Vasco Lourenço: por enquanto, a Democracia está apenas doente, portanto, ainda a tempo de ser tratada pela "medicina geral" - o Povo. Mas se a "medicação não resultar, então impõe-se, quer isso nos agrade quer não e com todos os custos que implica, uma ida ao "bloco", para extirpar o mal pela raiz.

 

E na situação actual de "meios", só a Instituição militar dispõe de um "bloco operatório" à altura da situação!

publicado às 11:10

TRADIÇÕES E CONTRADIÇÕES...

Nós portugueses - e penso que não apenas nós - temos por hábito comemorar quase tudo: a data do nascimento - a nossa, a dos nossos, a dos nossos amigos e a dos amigos dos amigos dos nossos amigos, a do cão, do gato, do periquito, a da morte de quem nos era próximo (e aqui com toda a propriedade!) a do primeiro mês de namoro(!) a do casamento, o dia disto, daquilo, daqueloutro e depois - ou melhor, antes - como é de bom tom e a sociedade de consumo exige que se faça, pegamos em nós e lá vamos dar voltinhas ao shoping, à boutique, à grande superfície em busca da prenda adequada ao momento específico, no caso de sermos nós as "vítimas", isto é, os convidados - que não é de bom tom aparecermos "de mãos a abanar" quando tocamos à campainha...

Embirro solenemente com este tipo de mentalidade, mas enfim, esforço-me por entrar no "espírito da coisa" - tentando sempre no entanto, minimizar os prejuízos, quando sou eu a vítima e por maioria de razão, multiplicando as mensagens subliminares no mesmo sentido, quando as vítimas são os outros.

Vem isto a propósito de uma data que vamos comemorar na próxima segunda feira. Uma data de facto marcante e esta sim, a merecer um grande esforço de todos na procura da melhor prenda que a todos nos deveríamos conceder!

Aqui sim, ninguém deveria aparecer perante o seu semelhante de mãos a abanar: "A cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas possibilidades"...

Onde á que eu já ouvi isto? Deixou de fazer sentido? Não se dará o caso de a utopia poder ser apenas um degrau de acesso a uma nova realidade?

Pelos vistos, este ano -  a próxima segunda feira - tudo irá ser diferente (embora  no caso desta data, em cada ano que tem passado, ela já tenha vindo a perder importância) reduzindo-se o evento, em termos oficiais, a um encontro entre o actual e os anteriores inquilinos do Palácio e - ao que parece - à habitual e deprimente atribuição de umas medalhinhas assinalando um qualquer comportamento, feito, acto, ou ao conjunto dos três, tido ou praticado por alguma alminha mais mediática.

Bem sei que este ano não temos grandes motivos para comemorar e portanto, ainda bem que nos pouparam aquela "seca" da sessão solene no Parlamento.

Mas atenção! Há gestos que são premonitórios e quando determinadas personagens -  que até já faziam questão de se recusar, nem que fosse por cortesia a pôr o cravo vermelho na lapela - começam a retirar datas ao calendário, não é só para poupar no papel em que o mesmo é impresso, mas para que em futuras "edições" o mesmo deixe definitivamente de as incluir...

 

 

publicado às 10:52

PORTUGUESES! TODOS À "PRAÇA TAHIR" EM LISBOA, EM FORÇA!

Às vezes interrogo-me sobre o que é que fará falta às Forças Armadas de Portugal para tomarem de novo o poder, decretarem o "estado de sítio", deterem todos os governantes até ao nível de secretário de Estado e colocarem os restantes em prisão domiciliária até ao seu julgamento sumário em condições a definir, suspendendo a Constituição e convocando de imediato e para a data mais próxima possível, eleições para uma nova Assembleia com poderes Constituintes...

Afinal, perdemos a soberania - não para um qualquer Estado invasor, mas para o grande capital especulativo internacional - temos a maioria do Povo a viver abaixo do limiar da pobreza, temos uma Justiça que funciona mal e que nunca condena aqueles que fazem parte do circulo do poder, que protege e absolve os criminosos e condena os polícias e agentes das forças da ordem, temos um sistema político que deixou de ter em conta o País real e que mandou às malvas os interesses do seu Povo passando a representar (apenas) os dos grandes grupos económicos e financeiros e os dos "boys" por eles indicados para a maioria das instâncias de poder... Afinal, já não temos quase nada daquilo que há muitos anos atrás se considerava o "cimento" capaz de manter unido um qualquer País!

Ah! E para que não se corra o risco de "virar o disco e tocar o mesmo", o actual esquema eleitoral deverá ser completamente reformulado, acabando-se com o monopólio dos partidos políticos, abolindo-se - não reduzindo, mas abolindo mesmo - o financiamento desses mesmos partidos e também das candidaturas, mesmo que "independentes", para outros orgãos de poder, reduzindo-se ao mesmo tempo o número de circulos eleitorais e estabelecendo de uma vez por todas a possibilidade dos circulos uninominais, para além de limitar a metade - ou talvez menos um pouco - o número de Deputados.

Os novos Constituintes deverão ainda ser previamente direccionados para um certo número de parâmetros fundamentais, dos quais não poderão nunca sair, com destaque para os seguintes ligados especificamente ao Poder Local:

- Abolição de todas as Câmaras Municipais;

- Criação de um número de Regiões administrativas que correspondam o mais fielmente possível, aos interesses específicos das pessoas que nelas vivam;

- Redução do número de Juntas de freguesia para dois terços das actuais, reforçando por outro lado os seus poderes e a sua capacidade de decisão a nível dos respectivos Órgãos Regionais;

E se para que os militares se decidam a avançar, fizer falta - claro que faz falta! - a ajuda do Povo, podemos começar a preparar desde já a nossa "Praça Tahir", algures em Lisboa e o "nosso lado da barricada" - sim, porque todos sabemos que estes, tal como todos os governantes corruptos que existem por esse mundo fora, também terão os seus apoios, os seus "polícias à paisana" a fingir de Povo, os sabotadores, os infiltrados...

publicado às 13:40

TERRA DA FRATERNIDADE...

 

Grândola vila morena

Terra da fraternidade

E que esta realidade

Inclua também Alfena

 

Mesmo de olhos fechados, sei que é Primavera: Pelo cheiro das flores do meu jardim pelo inconfundível aroma que as minhas laranjeiras libertam por esta altura do ano. Também pela azáfama em que vejo a passarada no meu quintal e um pouco por todo o lado, pelos seus cantares, pelos chamamentos constantes dos juvenis que vão começando a sair dos ninhos experimentando os primeiros voos em liberdade...

E hoje em especial, neste dia de sol radioso (pelo menos em Alfena) recordo um dia - por sinal, em tudo idêntico em fulgor primaveril - vivido 36 anos atrás e revejo essa manhã em que me preparava cuidadosamente para o meu primeiro dia de trabalho num novo emprego, quando ouvi pela primeira vez a NOTÍCIA... Claro que o emprego aconteceu, o trabalho é que não, pois se nem o próprio director-geral da empresa o conseguia fazer...

Era verdadeiramente patética a aflição do Sr. Riss, o alemão que administrava a empresa multinacional do ramo da electrónica, não sabendo se havia de acreditar nas notícias que ia ouvindo nas Rádios. A certa altura, em desespero optou por ir a casa buscar um daqueles rádios gigantes que existiam na época, com uma daquelas antenas sofisticadas capazes de captar as emissões estrangeiras e foi vê-lo ao longo do resto da manhã com o aparelho às voltas, a tentar equilibrar a antena numa das janelas dos escritórios, para apanhar o melhor sinal da Deutche Welle...

Hoje tudo isso me vem à memória com mais intensidade - talvez porque neste dia especial, contra a vontade dos muitos que já os usaram mas que agora lhes recusam espaço na sua lapela,  os cravos teimam em ser vermelhos (ainda mais vermelhos...) e o seu perfume misturado com o canto das aves voando em liberdade, faz despontar em nós idêntico desejo de, tal  "como elas, sermos livres de voar".

publicado às 11:03

E DEPOIS DO ADEUS...

 

E DEPOIS DO ADEUS (a José Calvário) resta-nos A CANÇÃO tantas vezes entoada em tantos e tantos comícios do "pós-Abril" (depois de os gloriosos Capitães a terem  transformado em senha nessa madrugada libertadora de 1974)...

publicado às 13:15

AS "PÓSTUMAS HOMENAGENS" DE CAVACO SILVA...

Belisquem-me que quero confirmar que não estou a sonhar!

Cavaco Silva vai homenagear Salgueiro Maia no dia 10 de Junho?

Mas Salgueiro Maia é um Capitão de Abril! Salgueiro Maia gostava de cravos vermelhos e Cavaco - como todos sabemos - não gosta! Salgueiro Maia era um Homem digno e alguns daqueles a quem Cavaco Silva já distinguiu nestas efemérides (e não a título póstumo) não o são!

Mas enfim, que havemos de fazer? Se ele ( Sua Excelência o PR) se sente apesar de tudo, melhor consigo próprio com este gesto que todos sabemos e ele sabe que nós sabemos que não lhe sai do "fundo da alma" ...

publicado às 23:12

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