CÂMARA DE VALONGO - A 'AGITPROP' DO 'QUERIDO LÍDER'
Continuando a análise crítica ao último 'Boletim da Propaganda' do 'querido líder':
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E assim se tenta branquear aquele que é o mais escandaloso processo de especulação urbanística com terrenos (antes) REN/RAN na área Metropolitana do Porto e que por empenho especial do actual presidente da Câmara de Valongo José Manuel Ribeiro foi finalmente consolidado graças à imposição de um PDM (neste caso) à medida do especulador - a NOVIMOVEST do grupo Santander.
Recordo que graças ao especial empenho do então vereador de Fernando Melo José Luís Pinto no ano de 2009 e por obra e graça de uma 'estranha' declaração junta ao processo entre o registo de compra e o de venda 'distantes' um do outro cerca de meia hora (!) estes terrenos - vários lotes - valorizaram-se 16 milhões no mesmo dia: foram comprados por 4 milhões e vendidos por 20 milhões de euros.
Recordo ainda que durante algum tempo, José Manuel Ribeiro e o PS de Valongo classificavam esta operação como um caso de 'faroeste' urbanístico.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e neste momento esta operação de enriquecimento ilícito passou a ser 'só' a "maior fatia de investimento privado captado no actual mandato"!
Antes que me venham com ameaças de processos judiciais digo já o seguinte:
"Considero José Manuel Ribeiro absolutamente incorruptível e isento dos pecados 'original e seguintes', continuando portanto a preencher todos os requisitos para ser canonizado, quiçá, elevado a padroeiro do subúrbio".
Mas que as mais-valias da especulação vão ser distribuídas pela NOVIMOVEST/Santander, disso não tenho dúvidas.
(Este tema foi o centro da discussão de uma sessão pública organizada pela Coragem de Mudar, Al Henna e Clube '9 de Paus' em Alfena, com a presença do Dr. Paulo Morais e onde o PDM era o 'prato do dia'. Ver AQUI...)
Nota final:
Será interessante verificar na altura do arranque da 'Plataforma' o seguinte:
- N.º de postos de trabalho líquidos - descontadas as deslocações de trabalhadores vindos de outras instalações dispersas do grupo.
- Verificar se o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) vai ser integralmente cumprido, nomeadamente no que tem a ver com a construção de uma nova ETAR em Sobrado.
- Verificar se no que toca a perdão de taxas ao grupo Jerónimo Martins, José Manuel Ribeiro não irá ser mais magnânimo (com o nosso dinheiro) do que era Fernando Melo, já então tão criticado por ser um 'mãos largas'.