Ontem deixei aqui a minha revolta como católico - "não muito alinhado” – pelo triste contributo que o Papa está a prestar à Humanidade que sofre os horrores da epidemia galopante dos nossos tempos - a SIDA (AIDS).
Ainda por cima, tinha logo que desatinar sobre o "uso do preservativo" a caminho da República dos Camarões e de um Continente que é dos mais martirizados pelo flagelo da doença... Podia ter começado por falar da fome, dos direitos humanos (neste caso, da falta deles) podia até ter feito uma alusão (ainda que diplomaticamente cuidadosa) ao papel do ditador que o recebeu horas depois e se sentou em lugar de destaque nas celebrações, ao lado de uma “primeira dama” de figura e porte patéticos e que governam aquele País com mão de ferro.
Mas não foi essa a linha de rumo que escolheu – como seguramente não será, quando iniciar a segunda etapa da visita, em Angola!
Também nesse grande País que nos toca especialmente no coração, não lhe faltarão motivos diferentes dos que vai escolher para se dirigir aos católicos: corrupção nepotismo exploração de todo um Povo por parte de uma restrita clique, atropelo aos mais elementares direitos da maioria dos seus cidadãos…
Será que também em Angola, vai fazer passar uma vez mais, todos os católicos pela vergonha de terem um perfeito demente intelectual como Pastor máximo da sua Igreja?
Como acontece com muitos outros dirigentes mundiais, também a ele não lhe falta “coragem” para afrontar os mais fracos - neste caso, os que sofrem o flagelo da SIDA, ameaçando-os com o “fogo do inferno” se não se submeterem à inevitabilidade do sofrimento provocado pela doença para se redimirem do pecado - estão proibidos pela Lei católica, de tentar fugir a essa inevitabilidade!
Quando escuto determinadas “bacoradas”, apetece-me dizer que melhor seria ter posto um “pastor alemão” na frente dos camaroneses: ao menos (porque não fala) não correriamos o risco de que pudesse dizer asneiras susceptíveis de pôr em causa o trabalho levado a cabo por tantas Organizações não Governamentais (algumas ligadas à própria Igreja) que naquele Continente tentam contribuir para controlar os números avassaladores da doença!
Mas não! Tinha logo de ser o Alemão Pastor a encarregar-se da tarefa de tentar estragar tudo…