TRANSPARÊNCIA SOLIDÁRIA - ALIMENTE ESTA IDEIA...
Vou falar novamente num assunto que já aqui abordei, mas que pelos vistos e infelizmente, está longe de estar esgotado: a Plataforma Solidária de Alfena.
Começo com uma declaração prévia, dizendo que são inegáveis as potencialidades do equipamento e são também inegáveis - infelizmente - os motivos de ordem social que justificam a sua existência.
E o pior que poderia acontecer para aqueles que recorrem à sempre escassa ajuda que ali se disponibiliza, seria que a mesma pudesse ser posta em risco por falta de transparência, por gestão menos correcta dos apoios recebidos ou por desrespeito pelas regras de boa gestão e de boas práticas que até mesmo este tipo de equipamentos não está dispensado de cumprir.
Posto isto, é pena que dos parceiros fundadores do protocolo tripartido - Câmara Municipal, Junta de Freguesia e Associação Viver Alfena (AVA) - só restem os dois primeiros, depois do abandono da única IPSS, em ruptura com o "sistema de gestão" a que Arnaldo Soares já há muito habituou os alfenenses.
Aliás e em bom rigor, acho mesmo que devo corrigir 'em baixa' o número de parceiros que mencionei, porque há apenas um que põe e dispõe sobre a gestão do equipamento: a Junta de Freguesia.
Há muitas dúvidas relativamente ao que acabo de dizer e que gostaria de ver esclarecidas, algumas já colocadas directamente à Câmara e outras, no âmbito da Assembleia Municipal, Órgão a que pertenço e para as quais gostaria de obter uma resposta urgente e "não redonda" - para que a Solidariedade de que muitos alfenenses tanto precisam nunca fique em causa:
- Sendo a gestão assegurada por duas entidades administrativas - Câmara e Junta - em que rubricas dos respectivos Orçamentos encaixa e quais as respectivas dotações;
- Funcionam no mesmo espaço físico a Academia Sénior (Câmara) e Escola Sénior (Junta), que por algumas notícias comentadas entre dentes por muitos que preferem (por enquanto) manter o anonimato têm muitos 'pontos de contacto' com o projecto solidário, colaborando pontualmente com ele mas beneficiando também do mesmo - como parece ter sido o caso da última "feijoada solidária".
Que "contabilidade" é que é feita para determinar os custos reais da estrutura das "Seniores" e como são repartidos entre a Câmara e a Junta;
- Que protocolo de base existe - se é que existe - com a Segurança Social e/ou com o fundo distrital de apoio social, dado o tipo de ajudas que são recebidas pela Plataforma e que tipo de escrutínio é que é feito por aquele/s Organismo/s relativamente ao tipo de gestão na distribuição/atribuição das mesmas;
- Que tipo de meios humanos estão alocados às "Seniores" e à Plataforma Solidária - em separado - respectivos encargos e forma de distribuição entre os dois parceiros;
A Plataforma Solidária de Alfena merece que todas as dúvidas que têm vindo a ser colocadas sejam cabalmente esclarecidas. Ou seja, merece acima de tudo ser gerida de forma transparente - porque não existe nenhum motivo válido que impeça a Solidariedade de ser transparente!