VALONGO DA NOSSA REVOLTA...
No próximo dia 27 de Abril às 21,00 horas, no salão nobre da Câmara, terá lugar mais uma sessão ordinária da Assembleia Municipal de Valongo e cujo ´cardápio' é o que consta do recorte seguinte:
Os assuntos constantes dos pontos 2.3 e 2.4 prefiguram novos, graves e lamentáveis avanços em relação a duas concessões que vêm sendo 'empurradas com a barriga' desde os tempos de desgraça do reinado de Fernando Melo. São eles e pela mesma ordem:
Concessão das águas e saneamento
A BeWater, tal como já acontecia com a Veolia, é uma espécie de Órgão de Poder' paralelo mas tacitamente aceite por todos os eleitos de 4 em 4 anos para (des)governar a Câmara.
Lamentavelmente, o actual inquilino que durante muito tempo andou a zurzir esta concessão, mal chegou ao poder, a primeira coisa que fez foi juntar-se aos 'senhores feudais' que se têm marimbado nos interesses do munícipes e do Município, que continuam a não resolver graves lacunas ao nível do saneamento básico - veja-se por exemplo o que se passa com as situações que da ETAR de Ermesinde e das descargas directas para o Rio Leça em Alfena e que eu tenho vindo a denunciar.
Uma primeira tentativa de reequilíbrio económico-financeiro foi inviabilizada pela Câmara resultanto dessa decisão a constituição de uma comissão paritária para derimir o conflito.
A BeWater tem sido um bom parceiro no financiamento das festas e festinhas do actual presidente - 'há Festa na Aldeia' por exemplo - e portanto, nunca se poderia esperar dele qualquer tipo de solidariedade especialmente activa para com os seus munícipes.
Da parte do PSD e apesar do actual momento eleitoral até o aconselhar, a verdade é que mais não fosse pelo respeito em relação à memória histórica dos anos de desgraça de Fernando Melo, nunca poderia haver uma oposição forte à posição da concessionária.
Resta do lado do Povo a 'oposição mais pequena' - CDU e BE (apenas na Assembleia) e eu próprio - pelo que os munícipes lá vão ter de dar o 'porco' do costume à BeWater recebendo em troca o também conhecido e minúsculo 'chouriço' de um tarifário especial para uma minúscula franja de população.
Concessão do estacionamento de duração limitada em Valongo e Ermesinde
Mais um negócio ruinoso saído dos 'anos da desgraça' que tem andado a arrastar-se pelas barras da Justiça e que o actual presidente tanto criticou no passado recente.
Só que o poder muda muita coisa, até as mais profundas convicções(?) e neste caso o presidente segue a mesma linha de raciocínio da decisão relativa à concessão anterior - "Se não os podes (ou não queres) vencer junta-te a eles"...
A Parque VE - Gestão de Parques de Esacionamento SA - no aditamento ao contrato negociado com o actual executivo, verá 'convenientemente assegurados' os seus interesses:
- Continuará a não respeitar o interesse dos moradores, não lhes reservando quaisquer direitos especiais no estacionamento junto às suas casas;
- Continuará a beneficiar do 'crédito de confiança' por parte da Câmara em relação ao efectivo controlo das receitas dos parques e parquímetros;
- Os seus agentes de fiscalização continuarão a fingir que são polícias e até se admite no clausulado a possibilidade encapotada de os mesmos poderem bloquear viaturas e procederem ao reboque das mesmas para parques a isso destinados;
- A Concessionária continua a actuar em moldes do tempo da 'idade da pedra' no que toca ao acesso aos parquímetros - app's como a VIA VERDE já disponibilizadas por várias Câmaras do País (Maia e Porto por exemplo) nem sequer são equacionadas.
- Quem falha no recarregamento do parquímetro (porqque está numa consulta médica, na cadeira do dentista, numa entrevista de emprego por exemplo) é tratado da mesma forma que aqueles que pura e simplesmente estacionam sem meter qualquer moeda inicial.
Assim NÃO!
Se a oposição tiver VERGONHA no próximo dia 27, pelo menos este aditamento será devolvido ao executivo para reformulação e para que os efectivos interesses dos munícipes possam ser melhor defendidos.