VALONGO – DAS TERRAS DA MAIA A ‘subúrbio’ DA GRANDE METRÓPOLE INVICTA (1836 – 2017)
Agora que as comemorações bacocas de uma efeméride que de nobre não tem nada já terminaram, impõe-se que regresse a um tema que já aqui abordei, mas sobre o qual muitos persistem em laborar em erro.
(Apesar de tudo, algumas das pessoas envolvidas merecem-me suficiente respeito para lhes ter dado este tempo)...
O artigo do Jornal A Voz de Ermesinde que coloco abaixo explica de forma notável como a narrativa construída e alimentada pelo actual presidente da Câmara não passa de uma lamentável mistificação histórica.
Valongo é o que é, muito por força das circunstâncias que levaram a que as coisas fossem o que foram em 1836 - uma notável e dinâmica região das Terras da Maia - um lamentável subúrbio, onde existem coisas bonitas sim, onde existe património relevante sim (mas muito mal preservado no entanto), onde existe gente dinâmica e empreendedora sim, mas onde tem existido sempre também uma corrupção bem acima da 'média nacional' e onde o 'ranking' actual, apesar de tudo o que possa ser dito em sentido contrário, nos continua a envergonhar.
Portanto, falar com pompa e circunstância do Concelho de Valongo, induzir nas nossas crianças (as escolas foram chamadas a participar nos vários eventos e a contribuírem para colocar numa alegada 'cápsula do tempo' seja lá o que isso queira significar) os enganos e as mentiras históricas que lhes andam a ser impingidos é, no mínimo, profundamente lamentável.
(E claro, alguns professores que sabem até melhor do que eu como é que Valongo nasceu e 'prosperou' e o que verdadeiramente se passou, assistiram na plateia impávidos e serenos à disseminação da mentira junto dos seus educandos. Porque será?).
Finalmente, sobre a condecoração de 80 'valonguenses ilustres' inserida no programa das comemorações...
- Que comissão decidiu sobre isso?
- Quais os critérios?
- Que 'cambalhotas' teve de dar o actual presidente para acolher alguns dos nomes - ou não teve mesmo de as dar?
(É que há nomes na lista que dão até alguma vontade de rir. Estranho mesmo que se tenham esquecido de Marco António Costa, esse expoente máximo da social-democracia e que também governou Valongo!).
Um destes dias, Alfena e Ermesinde - que sempre tiveram mais a ver com a Maia do que com esta mentira que nos impingiram, vão ter de pensar seriamente no seu posicionamento relativamente ao futuro que nos têm vindo a adiar.
(Devido a uma troca de nomes e fotografias, o artigo que se segue não é da autoria de Arnaldo Mamede mas sim de Ricardo Ribeiro.
Ambos colaboravam à altura com a Voz de Ermesinde, daí a troca dos nomes e foto anexa e ambos integram a Associação Al Henna de cuja Direcção também faço parte).
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Clicar neste 'link' para ler o artigo na íntegra (pág.12)