VALONGO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO...
TAKE 1:
Comemoramos este ano em Valongo no dia 25 de Abril - fora da Câmara com pompa e circunstância e dentro da mesma com cerimonial a condizer - o 40º. ano da Revolução dos cravos.
Para quem costuma tirar ilações fáceis deste tipo de cerimónias - sobretudo porque as mesmas não eram habituais por estas bandas - ficou na altura aquela sensação boa de que a nossa Câmara Municipal dava início a um novo tipo de relação com os cidadãos e que, finalmente ao fim de 20 anos de 'quero posso e mando', uma espécie de 'Estado Novo' pela metade em versão poder local, iniciávamos naquele momento um novo paradigma.
Nada dessa sensação boa conseguiu porém, durar muito mais do que duraram os cravos vermelhos que simpaticamente a secretária da presidência nos ofereceu à entrada...
Os casos de negligência eventualmente culposa na relação entre entre a Câmara e os cidadãos não tardaram em dar de novo sinal de vida e até os mais próximos do núcleo de decisão eleito em Setembro rapidamente perceberam que o 'calvário' de descer a Avenida e subir aquelas escadas vezes sem conta para perguntar como estava "aquele caso pendente há anos, aquela queixa ou aquele simples pedido de consulta de um processo ou documento" iriam continuar a receber a mesma resposta 'chapa cinco': "tem de aguardar um contacto nosso/não, ainda não está tratado/ já foi despachado pelos Serviços e está com o senhor vereador, está no gabinete jurídico para dar parecer..."
O recurso à carta Registada com Aviso de Recepção invocando a Lei do Acesso aos Documentos Administrativos (LADA) ainda permanece perfeitamente actual e mesmo assim com uma margem de incumprimento verdadeiramente lamentável, constituindo muitas vezes a única forma de acordar os eleitos para o facto de apesar de tudo, ainda vivermos num Estado de direito.
(Um exemplo: Requeri formalmente (através do gabinete do munícipe) ao senhor presidente no passado dia 3 de Julho, um conjunto de informações simples e até ao momento, continuo (sentado) à espera de resposta - tal como continuo à espera de muitas outras e ainda há mais tempo!
Os maus funcionários da Câmara - e não representando a maioria há muitos que o são - continuam nos respectivos lugares, a prestar o mau trabalho do costume a tratar com os cidadãos - quando é o caso - da forma habitual e tudo roda ou 'solavanca' como sempre rodou ou 'solavancou' - como se 29 de Setembro de 2013 não tivesse passado de um 'sonho de uma noite de verão'...
TAKE 2:
Tomou ontem posse - finalmente! - a Direcção dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde eleita em 14 de Dezembro de 2013.
Uma 'impugnação' e duas providências cautelares depois, fez-se Justiça e cumpriu-se com a vontade maioritariamente expressa pelos associados.
De parabéns - sobretudo pela sua paciência e capacidade de resistência - estão os membros dos Corpos Sociais eleitos a quem endereço os mais calorosos votos de sucesso em prole da comunidade.
Para os outros, os que escolheram ficar do lado errado entretidos na sua litigância de má fé e na sua habitual postura anti-social, gente que sempre andou e continua a andar na órbita do poder local e na apanha das migalhas que o mesmo vai largando, vai a nossa manifestação de profunda repulsa!
Também para aqueles que investidos de de algum tipo de poder e seja qual for a frente em que o exerçam, optaram de forma mais ou menos explícita ou apenas nos bastidores onde continuam a cozinhar-se muitas estratégias, por favorecer este lamentável arrastamento no tempo, prejudicando uma Instituição que lhes deveria merecer mais respeito, vai também a nossa inequívoca crítica. Mais cedo ou mais tarde, a massa associativa dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde a quem não souberam servir com distanciamento e isenção no momento em que isso lhes era exigido, os há-de penalizar adequadamente!