VALONGO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO – EM QUATRO ANDAMENTOS...
§
1. Adagietto (‘cascar’ no governo...):
Os governantes e as autoridades de saúde do nosso País são um conjunto de idiotas – só pode... - no que toca a ‘confinamentos cegos’, no que a Valongo diz respeito pelo menos...
Agem relativamente às fases de combate/contenção da Covid 19 como se o território nacional continental fosse um conjunto de 278 Concelhos divididos por uma barreira física e com uma porta de entrada e outra de saída e que pudessem ser abertas ou fechadas conforme as necessidades.
Um “suponhamos” para esta IDIOTICE: amanhã, dia da mãe (também em Valongo) estou a pensar convidar uns familiares para virem a Alfena almoçar comigo, mas como em Valongo não há restaurantes abertos, vamos ‘ali ao lado', ao Maiashoping, passe a publicidade, e estamos à vontade. A seguir, fazemos um périplo pelas várias lojas (Worten, CA, Sport Zone) passe, de novo, a publicidade e fazemos umas compras de conveniência adiadas pelo confinamento.
Como, entretanto, já é quase final da tarde, regressamos a Alfena (pelo interior, ali pela periferia da Maia, e escolhemos uma esplanada bacana para um lanche ajantarado...
2. Andante (‘cascar’ na Câmara):
- Eu até concordo com as isenções de taxas e procedimentos complicados no que toca à instalação de esplanadas (restaurantes, cafés e pastelarias, etc.) porque isso pode contribuir para minimizar o risco de propagação do vírus.
Mas daí a permitir-se (por omissão de fiscalização) que uma esplanada se instale num passeio exíguo e obrigue as pessoas com mobilidade reduzida ou uma mãe (ou pai) com um carrinho de bebé a descerem ao alcatrão para não prejudicarem o negócio – digno e respeitável, não é isso que está em causa - ou, pior ainda, permitir-se (devido à falta de espaço) que as mesas estejam tão juntas que os clientes ficam costas com costas é que não me parece, de todo, nem adequado, nem inteligente, nem responsável...
Onde param os fiscais municipais a percorrerem o território no sentido de imporem um adequado ordenamento, a porem termo a estes abusos e a solicitarem a intervenção das autoridades policiais se tal se tornar necessário?
Será que todos, incluindo os elementos da Protecção Civil Municipal, estão em teletrabalho?
3. Allegro (‘cascar’ na GNR):
- Passamos no Parque Vale do Leça e vemos grupos de pessoas sem máscara, a ‘piquenicarem’ a socializarem, a conviverem e a refrescarem-se por dentro e GNR nem vê-la!
- Vemos esplanadas com clientes que não estão a consumir – estarão à espera ou já acabaram de o fazer – sem máscara e em amenas cavaqueiras. A GNR passa de quando em vez, de carro – eu já o presenciei inúmeras vezes – mas, geralmente, os guardas vão tão atarefados nas suas inúmeras outras tarefas que nem param nem...reparam.
- Policiamento de proximidade e a pé, é coisa rara de se ver aqui por Alfena. Estarão as nossas forças policiais em teletrabalho?
4. Allegro ma non troppo (‘cascar’ no presidente da Câmara).
Tenho quase a certeza que José Manuel Ribeiro (presidente da Câmara de Valongo) foi tão apanhado de surpresa como os comerciantes do seu(?) Município, que se viram de repente ‘retidos’ na 3ª. divisão do campeonato Covid 19.
Se calhar, o carro topo de gama da função que lhe está atribuído e que nós ‘pagamos e não bufamos’ para que ele possa fazer a viagem de ida e volta entre Valongo e Oliveira de Azeméis (embora tenha residência oficial em Valongo), se calhar, o dito tem o rádio avariado e por isso ele não ouve as notícias ditas e repetidas nos últimos dias com referências a alguns Concelhos, onde se incluía Valongo, sobre a ameaça de recuo no desconfinamento que sobre eles pendia...
Se calhar é isso e a culpa ainda vai ser da senhora da limpeza que desligou algum fio ou do electricista que queimou o fusível que alimenta o rádio ou, quem sabe, do senhor que em nosso nome tratou do leasing da viatura...