VALONGO E A 'ARISTOCRACIA LISBOETA'...
Dizia (escrevia) um rapazinho facebookiano aqui de Valongo, que 'por acaso' é irmão daquele que foi o apoiante mais destacado de António José Seguro no Concelho - o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro - que "esta batalha é entre o Povo e a aristocracia lisboeta"...
Ora bem...
Se tivesse sido outra pessoa a dizê-lo e não o tal rapazinho - que ainda 'é novo e não pensa' - depois dos resultados das primárias de ontem no PS e que 'resulram nos resultados' que todos conhecemos, eu teria ficado confuso:
"Queres tu ver que a 'aristocracia lisboeta' se aliou à moirama' e terão iniciado às escondidas o caminho inverso àquele que foi percorrido pelas hostes de D. Afonso Henriques e vieram à conquista de Valongo - de Valongo e do resto do País, com excepção da 'invicta' Guarda...".
É claro que não se trata de nada disso, porque o que ontem ocorreu foi uma luta entre o 'zero absoluto' de Seguro e o 'talvez qualquer coisa' de António Costa.
Para facilitar o entendimento, o que ontem se passou, foi que a esmagadora maioria dos militantes e simpatizantes do PS - os de Valongo incluídos - fez uma opção clara e inequívoca entre 'o mau e o péssimo' e quando se chega a este limite mínimo nas opções, não há como hesitar.
De facto eu não sei se António Costa terá vontade ou capacidade para fazer muito melhor do que fizeram Guterres ou Sócrates no passado, mas ainda que tenha, Bruxelas que é o 'DDT'(*) que nos vai exterminando a todos de forma lenta mas inexorável não lhe permitirá seguramente alimentar grandes veleidades de o vir a conseguir.
(*) 'DDT': 'dono disto tudo'.
Logo, A SOLUÇÃO, pelo menos qualquer solução digna desse nome, terá mais cedo ou mais tarde, de passar pelo corte radical com o 'ocupante estrangeiro' - que por acaso nem é aristocrata nem mouro - e implantar uma nova República popular, a IV pelas minhas contas, onde o Povo mande efectivamente nos seus destinos e onde 'os rapazinhos, os irmãos dos rapazinhos e os boys e amigos de todos eles' - os de Valongo também - passem a ter garantida apenas, como todos os outros, a oportunidade e não a certeza no acesso aos empregos, aos negócios e aos centros do poder que os geram.
O Povo - os valonguenses incluídos - deixou de se limitar ao 'ler escrever e contar' e portanto, pode deve e é urgente que o faça, libertar-se das 'elites' ditas mais instruídas e tomar o seu destino nas próprias mãos!
Mas nem sempre as mudanças têm de resultar de um qualquer 'PREC'(*).
Às vezes a vida também pode ser feita de etapas e ontem ter-se-à cumprido apenas uma delas.
(*)'PREC': 'processo revolucionário em curso'.