VALONGO - FILHAS E 'ENTEADAS ESPEVITADAS'...
Ontem reuniu a Assembleia de Freguesia de Alfena, para discutir o Orçamento, PPI e Plano de Actividades para o ano de 2017.
'Em pé de conversa', tinha de se falar também no 'Orçamento Maior', o da Câmara, aprovado há dias pela Assembleia Municipal e que entre outras coisas serve - devia servir! - para promover igualdade entre as 5 freguesias irmãs que compõem o Concelho de Valongo.
(Parêntesis para deixar claro que continuo a considerar que temos 5 freguesias e que acho - no mínimo - estranha, tanta passividade por parte daqueles, aparentemente muitos, que tendo estado contra a lei iníqua do Relvas que extinguiu em Valongo uma freguesia,'agregando' Campo e Sobrado, agora permanecem calados demais relativamente à necessidade de reverter o processo. Fechar parêntesis).
Foi referido - e eu também penso assim - que o Orçamento da Câmara continua a ser como aquela manta da história que, 'puxa daqui, puxa dali', deixa sempre alguém destapado.
Como diz o outro, "é a vida"...
Mas quando a fava calha sempre de uma forma sistemática à 'gata borralheira espevitadita e autónoma' que a gente sabe, talvez aí já não seja 'a vida' mas a maldade de quem controla a manta.
Soubemos há dias que Valongo vai passar a ter mais dois estádios municipais: o de Campo que foi doado à autarquia e o de Ermesinde que foi expropriado à Imosá (Abílio de Sá).
Ficam portanto a ser 4 os estádios municipais cuja recuperação, futuras manutenções e despesas de gestão passam a ser suportadas inteiramente pelo Município.
Não acho mal, até porque a prática do desporto é muito importante e tudo o que se fizer pela promoção do mesmo será sempre insuficiente.
O problema é quando - e uma vez mais - é a 'gata borralheira espevitadita e autónoma' do costume a ficar de fora.
(Eu disse ficar de fora e não me enganei, porque em Alfena os equipamentos equiparados aos que referi atrás, são propriedade de uma Instituição privada - o Atlético Clube Alfenense (ACA).
Ocorre-me aqui aquela história da vida real, do pai que tinha 5 filhas e quando a vida lá em casa melhorou o suficiente, resolveu investir as economias na compra de um apartamento para cada uma delas.
(Para cada uma, vírgula, porque para satisfação sua, a mais 'espevitadita e autónoma' das 5 já tinha conseguido singrar na vida e adquirido a expensas próprias a sua casita).
Ficou contente o pai, que assim só teve de comprar 4 e não 5 apartamentos.
Já no que toca ao pagamento das despesas da água, da luz, do gás e das pequenas manutenções, fazia todo o sentido que a 'gata borralheira espevitadita e autónoma' fosse também incluída na benesse!
Alfena (e o Atlético Clube Alfenense) é a tal filha 'espevitadita e autónoma' que por já ter casa própria foi esquecida pelo pai e continua a não ter direito a tratamento igual ao das irmãs!
Das duas uma:
Ou o presidente da Câmara acha que as sondagens relativamente à sua recandidatura estão em maré-alta e já não precisa dos alfenenses para nada nas próximas eleições, ou perdeu o interesse em continuar a ser o nosso 'prefeito' e já só pensa em regressar (definitivamente e em carro próprio) a S. João da Madeira - e por tabela, a retomar o conforto da cadeira e do cartão de crédito da AICEP onde tem o lugar à sua espera.
Logo veremos...