VALONGO, NO LIMITE... SEM LIMITES!
"Valongo, um território a descobrir"...
Uma simples frase-feita que, na realidade concreta e definida deste "subúrbio" da Mui Nobre e Invicta Cidade do Porto, pode assumir um significado improvável...
(E bem podem barafustar os "patriotas locais" contra a minha falta de 'patriotismo', que assumo por inteiro o termo "subúrbio", embora me sinta no dever de explicar melhor a sua utilização).
Temos inúmeras belezas naturais, umas visíveis outras escondidas, umas melhor ou pior aproveitadas ou preservadas, outras simplesmente esquecidas ou abandonadas - ou até mesmo votadas a uma quase criminosa e paulatina destruição.
Quem conhece minimamente o nosso território - e eu conheço-o relativamente bem, apesar de só por aqui andar há cerca de 40 anos e continuar a ter saudades do meu Santo Tirso do coração - sabe que não especulo com estas coisas.
(Até naquilo que vai recuperando e valorizando, Valongo tem, perece, vergonha de assumir e prefere dar-lhe 'apelidos' alheios. Veja-se o caso das "Serras do Porto").
Valongo tem História?
Tem, evidentemente! Todas as terras a têm, mas em Valongo e graças sobretudo ao empenho do actual soberano absoluto que nos governa desde 2013, um entusiasta da governação 'socratista' e da arte de cavalgar a toda a sela esse 'fenómeno extremo' que alguns teimam em apelidar de "corrupção", graças a ele, a nossa História resume-se a declarações vazias ou historicamente inconsistentes com uma ou outra publicação encomendada a historiadores de sofá que por aí abundam e são clientes habituais da mesa do orçamento na organização dos eventos tão ao gosto apurado de sua majestade o rei...
Foi o caso do livro cuja imagem ilustra o topo do texto e que é uma verdadeira vergonha!
Mas não era sobre esta "história" que eu hoje queria falar...
A História de Valongo tem sido ao longo dos (pelo menos) últimos 40 anos, infelizmente, mais feita de corrupção, gestão danosa - das finanças e do bem público - de favorecimento ilícito, de destruição da (verdadeira) História e, sobretudo, da paulatina e lamentável construção de um verdadeiro e acomodado subúrbio do Porto.
Se procura um 'dormitório' de fácil acesso - para um período mais ou menos longo ou apenas para uma noite, com 'aquecimento de pés' do tipo familiar ou em regime de 'pago à hora', com massagens tailandesas ou lusitanas, com entrada pelo 'lobby' ou pela garagem, Valongo tem.
Se procura um terreno disponível para instalar o seu negócio e aproveitar as relativamente boas condições de acessibilidade, não se assuste com o facto de a sua pretensão lhe parecer colidir com uma qualquer zona condicionada ou de reserva (agrícola ou ecológica), Valongo tem.
Tem e consegue dar a volta a todos os obstáculos que se oponham à sua ambição.
Veja o exemplo do que foi feito na naquela imensa área da Senhora do Amparo onde se implantou a plataforma logística da Jerónimo Martins e onde tudo continua a mexer - cremos até que já muito para além do inicial perímetro da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão - UOPG 06.
Em Valongo o limite não é a Lei - as Leis são sempre muito incómodas para quem busca um enriquecimento sem grandes preocupações, sejam elas de ordem social ou de ordem ambiental.
Em Valongo o limite é determinado (quase sempre) pela ambição de quem investe e de quem governa para 'certos tipos' de investimento.
Em Valongo o 'limite', no limite, pode mesmo não ter limites!
Mas como neste tipo de dissertações sobre o 'fenómeno da corrupção e do favorecimento ilícito' que, digam o que disserem, permanece umbilicalmente ligado à actual dinastia reinante do "subúrbio" corre o risco de se eternizar, voltarei em breve para mais e mais detalhados desenvolvimentos...
Portanto, o habitual (CONTINUA)...
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PS: Amanhã, integrarei uma (nova) embaixada que se deslocará ao Ministério Público (DIAP) de Valongo para uma (nova) denúncia sobre gestão danosa e favorecimento ilícito na área do Urbanismo...