VALONGO - O IMUTÁVEL, INCONTORNÁVEL, IRREMEDIÁVEL 'SUBÚRBIO'...
Ainda só passou um ano e meio...
MUDAR era a 'tag' agregadora e VALONGO o objectivo maior à volta do qual nos reuníamos e cuja força nos empurrava em todas aquelas caminhadas/arruadas da esperança.
O entusiasmo e o calor - no sentido literal, que Setembro de 2013 foi quente - que nos tingiam de cor de rosa as lentes com que víamos as cores que muitos mais 'tarimbados' teimavam em dizer-nos que permaneciam cinzentas, impediram-nos de ver a explícita nudez do 'rei' que ajudamos a promover.
(Mesmo assim já ia dando para perceber que alguns 'encasacados' resistiam o mais que podiam a misturarem-se demasiado com o Povo e com os mais activistas das tais caminhadas/arruadas, o que não pressagiava nada de bom).
Afinal, ano e meio volvido, confirmou-se o pior...
Valongo permanece desigual no incipiente desenvolvimento mas igual no vazio de ideias e de projectos.
Valongo consolida-se na sarcástica apelidação de 'subúrbio' com que nos mimam os nossos vizinhos mais prósperos.
E para mal dos nossos pecados - mas quais pecados? - a Câmara de Valongo confirma e reforça a sua faceta de madrasta má, tratando de forma diferente a prole que deveria ser tratada por igual - aqui todos são (alegadamente) iguais, mas tal como sempre aconteceu ao logo das últimas décadas, continua a haver alguns 'mais iguais' que outros.
E no entanto 'há festa na aldeia'...
Sim, é verdade, Valongo tem substituído a 'obra que se veja' por festas, festinhas, e show de palco 'sensorialmente' mais intensos e de efeito imediato.
Dizem os assessores/bate palmas do presidente que "é disso que o Povo gosta" e ele pelos vistos acredita.
Acredita mas faz mal - dizemos nós - porque já são mais os que gritam que "o rei vai nu" do que os que aplaudem...
E para piorar as coisas para o lado dele, não há forma de se consolidar a liderança na Divisão da Cultura - a Cultura possível, a tal do show de palco e das festinhas do 'efeito imediato' é certo, porém a única.
Soube hoje que o mais incondicional dos apoiantes de José Manuel Ribeiro - e por isso mesmo nomeado para chefiar a Divisão da Cultura - o dr. Agostinho Rocha, terá entrado em rota de colisão com as confusões que abundam naquela frente de trabalho e batido com a porta.
Ao que dizem, encontra-se de 'baixa médica' e permanece incontactável, obrigando o presidente a destacar 'informalmente' para a função, o seu adjunto, eng.º Paulo Ferreira.
Nada que nos surpreenda por aí além. Afinal Paulo Ferreira já vai sendo conhecido no meio como o 'presidente em exercício', dadas as sistemáticas ausências do titular por força das suas responsabilidades externas múltiplas.
Entre os rituais maçónicos da 'Loja Paços Manuel', as tarefas da Concelhia do PS e muitos, mas mesmo muitos outros 'etecéteras', o tempo é mais que pouco...
Valongo continuará portanto igual ao que sempre foi, à imagem e semelhança do seu líder municipal que também permanece igual a si mesmo, isto é, igual à 'jovem promessa' que já nos habituamos a considerar 'eterna' no sentido mais negativo do termo, isto é e uma vez mais, imutável, irremediável, incontornável - e tantos outros 'áveis' do nosso descontentamento.