VALONGO - PORQUE SÃO ANTI-DEMOCRÁTICAS AS REUNIÕES PÚBLICAS DE CÂMARA...
O título induz uma acusação que por ser grave deve ser demonstrada...
Telegraficamente:
1. Porque - como todos sabemos - o presidente José Manuel Ribeiro não é um democrata na verdadeira acepção da palavra;
2. Porque nas reuniões públicas - que são todas, isto é, quatro mensais - em duas delas o público vai apenas para compor o 'dècor';
3. Porque o público tem sido obrigado sistematicamente - neste mandato - a esperar no átrio pelo menos meia hora pelo início da reuniões marcadas para as 15 horas, sem que o presidente se dê ao cuidado - e ao dever - de mandar descer um elemento do seu secretariado para dar uma desculpa ainda que de circunstância a quem ali permanece à espera;
4. Porque sendo embora todas as reuniões públicas, sempre que surge uma dúvida sobre algum aspecto da Ordem de Trabalhos - e têm sido muitas aquelas em que isso tem acontecido - é pedida uma interrupção, mandam-se os cidadãos 'lá para fora' fecham-se as portas, alegadamente por 5 minutos a fim de 'clarificar' as ditas dúvidas. Na realidade e na maioria das vezes por meia hora no mínimo, mas ainda há pouco, naquela reunião da atribuição de competências às Juntas de Freguesia, os 5 transformaram-se em 60;
5. Porque em nas reuniões em que há intervenção do Público, os cidadãos são obrigados a esperar pelo fim para o fazer. A Assembleia Municipal por exemplo - e bem - estabelece o início das sessões para isso;
6. Porque depois das suas intervenções, os munícipes são quase sempre confrontados com 'respostas redondas', não respostas, ou pior do que isso, com comentários maldosos e demagógicos ou com apreciações pessoais ao estilo dos humores do presidente e aos quais não podem reagir - "o Regimento não permite"...
Se não permite, limite-se a responder às questões sem introduzir demagogia ou cretinice nas suas respostas!
7. Por último, mas nem por isso menos importante, os cidadãos assistem às reuniões desanimados e na maioria dos casos, com um enorme 'ponto de interrogação' espelhado nas rugas da testa...
Melhor do que explanar, vou citar o exemplo da reunião anterior em que foi decidido por voto secreto um procedimento disciplinar a um funcionário. Alguém sabe quem era o referido funcionário? Alguém sabe qual era o motivo do processo disciplinar - 'bater no presidente', roubar, insultar algum munícipe, tomar café fora de horas?
É claro que ninguém sabe, como não sabe relativamente a todos os pontos da Ordem de Trabalhos, porque essa informação não é disponibilizada em lado nenhum!
(Já agora, o referido processo disciplinar era relativo à Drª. Helena Oliveira, por uma alegada negligência e foi célere - célere e irregular - ao contrário de outros casos em que nem célere nem pouco célere, porque simplesmente não existiu procedimento. Veja-se a condenação do arquitecto Vítor Sá a 3 anos e meio de prisão por corrupção no exercício da sua actividade como chefe de Departamento de Urbanismo e relativamente ao qual nada foi feito a nível interno!).