VALONGO, TERRA DE FENÓMENOS - 'ESTÓRIAS' DE UM MONÓLOGO COM UMA CADEIRA VAZIA...
Créditos das fotos: Fernanda Pinto e Jornal Verdadeiro Olhar
Agora é oficial...
o Entroncamento como 'terra de fenómenos' passou definitivamente à história, destronado de forma inquestionável por esta terriola a que a 'figura ilustre' de D. Bernarda Clara deu o nome de Valongo...
De acordo com alguma 'obra publicada' de José Manuel Ribeiro, o presidente da Câmara desde 2013, Fernando Melo personificou '20 anos de desgraça, corrupção e desvario para Valongo'.
JMR disse-o e escreveu-o pelo menos um milhão e trezentas mil vezes...
E quem não se lembra daquele episódio digno de um bom tratado sobre psiquiatria em que José Manuel Ribeiro, então líder do grupo do PS na Assembleia Municipal, esteve longos minutos a 'falar' com a cadeira vazia de Fernando Melo, numa sessão em que este, como em tantas outras ocasiões em que ou chegava tarde ou simplesmente não conseguia resistir à atracção fatal de um fofo sofá e de um par de pantufas quentinho, mais uma vez não compareceu .
A 'longa e interessante conversa' ficará indelevelmente gravada no municipal 'livro do anedotário' e esta parte 'ZéManuelina' bem que mecia ser elevada a património imaterial...
Pois bem...
O José Manuel Ribeiro de forma inusitada e altruísta, corrijo, de forma previsível e idiota, resolveu elevar Fernando Melo à categoria de 'presidente emérito' da Câmara de Valongo - a condecoração que lhe atribuiu na sequência das "comemorações" dos 183 anos da criação do Concelho de Valongo equivale a uma (quase) canonização.
Fica a faltar atribuir-lhe um honorífico gabinete de função, ainda que necessariamente pequeno, porque o espaço disponível no condomínio da 5 de Outubro não permite exagerar nas magnanimidades.
(Refira-se que Fernando Melo recebeu as honras com algum atrazo e só depois do sucessor do seu 'herdeiro' lhe ter dado garantias seguras de que os 'esqueletos' que deixara trancados antes de resignar não iriam ser libertados para o assombrar e continuariam como têm estado até agora, bem fechados a sete chaves e crio preservados em concentrado de Barca Velha).
E por falar em 'herdeiro'...
Numa sessão recente da Assembleia Municipal, José Manuel Ribeiro 'atamancou' uma justificação para o facto de não ter condecorado também o seu antecessor João Paulo Baltazar - "os Serviços disseram-me que tinham de ser apenas os presidentes eleitos..."
Mas onde é que esta alminha que agora nos governa foi inventar este novo estatuto para o cargo que exerce?
O presidente da Câmara é (apenas) o primeiro de uma lista eleita para a Câmara, não existindo portanto uma eleição nominal!
Ora, João Paulo Baltazar foi eleito na lista de Fernando Melo e por renúncia deste, ascendeu ao cargo com idêntica legitimidade à dos presidentes que o antecederam - a mesma aliás que terá aquele que suceder a José Manuel Ribeiro se entretanto a ansiosa e pouco disfarçada busca de uma qualquer sinecura governamental o obrigar a renunciar ao cargo antes do seu termo.